Violinha

 In poetry

Dedilhando a corda bamba

Balança, dança, criança

Que derrama sangue e leite,

Sem saber que é bagunça,

Sem ciência da pungência

De coração a bater livre;

Sem temor de violência,

Tal viola de dez cordas

Que viaja em sua tangência;

Carência pura – coitadinha.

Violinha, peixinho sem mar,

Teus dedos precisam de corais,

De amantes, colares, diamantes,

Correntes de água ou cristais,

Vibrantes cores pra te acordar,

Te recordar de que és ânsia

De longa infância no lar.

Vã esperança: violar.

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Showing 3 comments
  • perla
    Reply

    Que inspiração!

  • perla
    Reply

    Repara: VIOLAR é um verbo e VIOLA um instrumento….seria proposital? Ou inconsciente?

  • Nina
    Reply

    Como musicista nunca tinha pensado no verbo original até publicar o poema 😉

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